A expectativa de colheita recorde de soja no Brasil e na Argentina deve baixar os prêmios no porto de Paranaguá, no Paraná. A previsão é que os produtores brasileiros irão produzir 66 milhões de toneladas, enquanto os argentinos devem colher 53 milhões de toneladas, segundo o último relatório divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Essa supersafra coloca incerteza sobre a comercialização e os preços na América do Sul, onde a colheita ocorre no primeiro trimestre do ano. Brasileiros e argentinos vão depender de eventual diminuição dos números de produção para conseguir bons preços.
Historicamente na época entre as colheitas brasileira e a americana, de março a setembro, o prêmio de soja no porto de Paranaguá no Brasil fica negativo, devido à grande oferta de soja. “Uma boa estratégia de comercialização utilizada por alguns produtores é o travamento do prêmio junto às exportadoras, reduzindo o risco de preço da sua produção”, explica Rafael Webber Mattei, analista de negócios da Agroinvvesti.
Atualmente existem ofertas para o travamento do prêmio em Maio em torno de 0,50 dólares o saco de 60 kg de soja. O valor do prêmio, se comparado com a média dos últimos seis anos conforme mostra o gráfico, é considerado atrativo para os produtores. A média no mês de maio entre os anos de 2003 a 2009 ficou negativa no valor de 0,19 dólares.
Formação de preço da soja
A formação de preço da soja no Brasil é dada com base no preço do mercado futuro da Bolsa de Mercadorias e Futuros de Chicago (CBOT), adicionado de um prêmio (positivo ou negativo) para chegar ao valor da saca no porto. O prêmio reflete a oferta e demanda da soja para a exportação. Uma forte demanda dos compradores internacionais aumenta o valor do prêmio, enquanto uma grande oferta diminui o valor do mesmo. Outros fatores que interferem na formação do preço da soja são os custos portuários, o frete e os impostos, além da cotação do dólar.
os seguros, o transporte e a área ambiental.
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